Ideal para tratamento e quarentena de peixes e eclosão de artemias salinas

O sal é uma ajuda na prevenção de doenças e no bem-estar dos peixes.

Ao longo dos anos tenho-o usado regularmente e é agora para mim imprescindível, na maior parte dos aquários.

Desvantagens do sal

A sua dosagem deve reduzida em peixes de águas negras: cardinais, discus, etc.

O sal vai contribuir para um aumentar ligeiramente a dureza e o pH.

Existe um número pequeno de espécies que não toleram sal, são sobretudo as espécies que têm a pele nua, sem escamas.

Vantagens do sal

Reduz a pressão osmótica entre o peixe e a água permitindo-lhe superar melhor situações de stress, por exemplo, doenças ou a adaptação a novos aquários. Os peixes de água doce, porque vivem num meio menos concentrado, gastam energias evitando perder sais para o exterior. Diminuir esta pressão permite ao organismo enfrentar mais facilmente situações criticas.

Previne o aparecimento de diversos agentes patogénicos, incluindo fungos e alguns parasitas.

Repõe micro-elementos na água, benéficos para as plantas.

Em aquários de ciclideos africanos o sal é uma grande ajuda no aumento da dureza.

Tipos de sal

Deve-se usar apenas sal para aquários de água salgada. Outros tipos de sal podem ser perigosos para os peixes. Muito do sal para consumo humano é processado com compostos anti-aglomerantes para que se mantenha solto e não forme pedra. Alguns desses aditivos são tóxicos para os peixes.

Dosagens

A medida mais simples de usar é a colher de sopa rasa de sal.

A dose normal num aquário é de uma colher para cada 20 litros reais de água.

Em aquários de africanos, em aquários de quarentena ou em aquários dedicados a vivíparos que gostem particularmente de sal, como as mollies, essa dose deve ser de uma colher para cada 10 litros.

Em situações especiais de tratamento, a dosagem pode ser de uma colher para 5 litros.

Em aquários de peixes sensiveis de água negra ou com corydoras a dose deve rodar apenas uma colher para cada 80 litros.

Tratamento de doenças

O sal é eficiente contra diversas doenças comuns em aquário, incluindo ictio, oodinium (veludo) e alguns parasitas externos.

Normalmente uma colher de sopa rasa de sal para cada 10 litros é um tratamento suficiente mas, sobretudo no caso do veludo, pode vir a ser necessária uma dose maior, de uma colher para cinco litros.

Exemplo de tratamento:

Aquário sem nenhum sal, com 100 litros reais, onde foi detetado oodinium:

Dia 1:

Diluir 10 colheres de sal à parte e inserir a água resultante ao longo de pelo menos 12 horas

Dia 2:

Dia 3:

Se os peixes apresentarem melhorias continuar com os níveis de sal até estarem curados

Senão:

Diluir mais 10 colheres de sal e inserir a água resultante ao longo de pelo menos 12 horas. A concentração passará assim a ser de uma colher em 5 litros.

Uma vez os peixes curados:

Fazer mudanças de 50% de água de três em três dias até obter a concentração de sal desejada.

Cada mudança de água irá reduzir os níveis de sal em 50%, portanto duas mudanças são suficientes para passar de uma colher em 5 litros para uma colher em 20 litros.

Como inserir o sal

Idealmente o sal deve ser diluido à parte, por exemplo, em 5 litros de água e essa água deve ser inserida a pouco e pouco no aquário.

As mudanças na concentração de sal devem ser muito graduais, por exemplo, se subitamente tivermos necessidade de uma concentração de tratamento (uma colher de sopa rasa de sal para cada 10 litros de água) devemos primeiro diluir o sal necessário e depois ir acrescentando essa água ao aquário ao longo de várias horas.

Como o sal não evapora não deve ser adicionado quando se repõe apenas a água resultante de evaporação.

Nas mudanças de água deve inserir-se o sal correspondente à água retirada, diluindo-o previamente.


Miguel /fonte: peixefauna.com